segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

MARIA CALLAS

 
Nasceu a 2 de Dezembro de 1923, em Nova Iorque, aquela que foi considerada a maior cantora  lírica de sempre, que revolucionou o bel canto, fazendo a ópera regressar às origens e à noção de espectáculo completo: Maria Callas, de ascendência grega.
Aliás, foi em Atenas, no seu Conservatório, que iniciou os estudos de cantora, e a cidade onde se estreou.
O seu primeiro grande êxito em Itália, pátria da ópera, verificou-se em 1947 na Arena de Verona, onde interpretou "La Gioconda" de Ponchelli. A partir de 1948 firma o seu prestígio na cena lírica mundial, actuando nos principais palcos como La Scala, Covent Garden ou Metropolitan Opera House, e cantando autores tão diferentes como Verdi ou Wagner, Puccini ou Bellini.
Dotada de um timbre de voz único, preocupando-se com a encenação, o gesto, o corpo, aliando uma versatilidade interpretativa a um forte e, por vezes, polémico temperamento, Maria Callas projectou a ópera para novos limites e foi, de facto, a sua primeira "estrela pop".
A sua própria vida pessoal, muito conturbada, encheu páginas de jornais e mobilizou, a favor e contra, legiões de seguidores.
Consciente de que a sua voz já não alcançaria o patamar de exigência a que habituara o seu público, viria a cantar a sua última ópera completa em 1965 (Paris, "Norma" de Bellini).
Em 1970 torna-se professora na Juilliard School em Nova Iorque embora, em 1974, e por insistência do seu velho amigo Franco Zefirelli, tenha protagonizado diversos concertos na Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente, onde, no Japão, a 11/11/1974 realizaria o seu último espectáculo.
Temperamental, apaixonada, desgostosa com a vida, viria a refugiar-se em Paris, na Avenida Georges Mandel, onde faleceu a 16 de Setembro de 1977. Conforme pedido expresso, as suas cinzas foram espalhadas no Mar Egeu, que banha as costas da Grécia amada.
A sua versão da "Tosca" de Puccini, no Covent Garden em Londres, no ano de 1964, passa para a história, de acordo com diversos especialistas  como a maior interpretação de sempre de uma cantora lírica.
E Callas foi imensa. 


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