terça-feira, 3 de dezembro de 2013

...APAGADA E VIL TRISTEZA!

 
É um título digno deste governo, e, pelos vistos, não só.
Talvez sinónimo dos dias de chumbo que se vivem.
Até agora, havia professores de 1ª. e de 2ª. Eram os do quadro e os contratados.
Afinal, também há de 3ª.
São os professores contratados com menos de 5 anos de profissão.
Engenhoso...
Como se TODOS, não tivessem que obter, nas nossas Universidades, a licenciatura que os habilita a leccionar.
Como se TODOS não tivessem, para exercer a sua profissão, de efectuar um ano de estágio profissional, com orientadores e avaliadores.
Como se TODOS não fossem sujeitos a avaliação contínua.
E, se bem se pergunta, para quê, então, a humilhante prova de avaliação prevista para professores contratados com menos de 5 anos de exercício da profissão?
Os cursos ministrados nas nossas Universidades não prestam? E o Conselho de Reitores não reage a esta afronta?
E os sindicatos nada dizem? Um, pelo menos, já se rendeu...
E para quê os 20 euros de "multa"?
Ou será que, no fundo, cínica e traiçoeiramente, se quer arranjar uma receitazita, dividir os professores de forma quase irreparável, e arranjar pretextos para despedir alguns milhares?
Com este governo, tudo há a esperar.
E o caso dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo?
Faz-se uma concessão a uma empresa (de amigos?) e, em vez de se aproveitar mão de obra experiente e qualificada, fecham-se os Estaleiros e colocam-se no desemprego 609 pessoas.
Alguma delas será contratada pelos novos "empreendedores"? Com o mesmo salário? E vínculo contratual sólido? Dúvidas, dúvidas, dúvidas.... ou, infelizmente, talvez não.
Uma das razões adiantadas pelo ministro Aguiar Branco é que a empresa não teria capacidade para repor 180 milhões de euros de ajudas do Estado, que a Comissão Europeia obrigou a repor...Não obrigou coisa nenhuma, pelo menos por enquanto, já que se sabe que qualquer decisão não foi ainda tomada. O que também demonstra a seriedade com que o assunto foi decidido, isto para não falar dos meses e anos em que se arrastou, com avanços e recuos que, diga-se também, já vem de executivos anteriores.
Mas que este precipitou de forma desastrada. Os 30 milhões de euros a gastar em indemnizações seriam mais bem empregues em investir em trabalho e encomendas.
Triste sinal dos tempos, e em vésperas de Natal.
A propósito, e sobre estes dois casos, alguém viu ou ouviu o Tó Zé Seguro?

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