sábado, 21 de dezembro de 2013

CASABLANCA: IMPERDÍVEL

 
Pode não ter o arrebatamento revolucionário (político e cinematográfico) de "Couraçado Potemkine".
Sequer a sátira e a poesia sensíveis de "A Quimera do Ouro".
Talvez não o épico, enorme, "E Tudo o Vento Levou". 
Ou a desmontagem brilhante, crítica, demolidora, gigante, de "O Mundo a Seus Pés".
E não questione o Homem, as suas angústias, medos, desconhecidos, futuros, esperanças, de "2001, Odisseia no Espaço".
Ou não nos leve às memórias da juventude, do amor filial e paternal, do sonho desmedido, de "Big Fish"
Pois não.
Mas é, talvez, de certeza para quem escreve, o mais belo e amado de todos os filmes da história do cinema: "Casablanca".
Não percam a oportunidade de o ver agora, restaurado, em versão digital, numa sala de cinema (Lisboa- UCI El Corte Inglés) que é o local para onde as "fitas" foram concebidas.
Sem pipocas.
Mas sempre acompanhados.
Pode ser o princípio de uma bela amizade.
E teremos sempre Paris...E as expressões únicas de Bergman e Bogart, Eternos.
As time goes by...




(Segue-se um pequeno texto de análise, despretenciosa, a "Casablanca")




A  João  Bénard  da Costa, pelos filmes da sua (nossa) vida
A Lauro António, pelo pioneirismo da crítica de filmes, frontal e pedagógica
E a Pedro Bandeira Freire, pelo amor às fitas, e pelas tardes e noites inesquecíveis do QUARTETO

As time goes by,
Casablanca: 70º Aniversário
                Ano de 1942.
                A II Guerra Mundial  estava no auge da sua fúria cega e destruidora. De um lado e do outro, das forças negras do Eixo e dos exércitos da liberdade, registam-se avanços e recuos, mas é neste ano que a balança começa, irreversivelmente, a pender para o campo da Esperança: às ofensivas japoneses e alemãs, na Ásia e África, respondem os Aliados com a paragem do avanço nipónico (batalha de Midway- 3/6 de Junho), Rommel é vergado no Norte de África (El-Alamein, 23 de Outubro a 4 de Novembro), os aliados desembarcam também no Norte de África (8 de Novembro) e, por fim, acontece o xeque-mate do Exército Vermelho à Wehrmacht,  em Estalinegrado (a partir de 23 de Novembro).
                Nesse ano, também, e sem dúvida impulsionadas pelo esforço de guerra, a ciência e a tecnologia registam significativos avanços: instalação do primeiro cabo telefónico subterrâneo “coast to coast” (E.Unidos), produção de hormonas para crescimento de plantas (cadeia alimentar-E.Unidos), produção e utilização da estreptomicina (E.Unidos), utilização do escafandro autónomo (França), etc.

                No domínio das artes, John Steinbeck  publica Noite sem Lua, onde defende a eficácia da resistência passiva, Jackson Pollock realiza a sua primeira exposição individual em Nova Iorque e, em Julho desse ano, os dirigentes da indústria cinematográfica norte-americana passam a apresentar os cidadãos de raça negra como parte integrante da sociedade americana e do “esforço de guerra”, já que assim o exigia a dinâmica nacional, despertada pelo ataque a Pearl Harbour ( 7/12/1941).
Perto de 4 meses após esta data, na cidadezinha de Flagstaff, no Arizona, começava a ser rodado um filme produzido pela Warner Brothers, baseado na peça Everybody Goes to Rick, de Murray Burnett e Joan Allison, e que seria intitulado CASABLANCA.
Pretendia-se um filme sobre a guerra, hesitando os produtores entre uma ficção levemente propagandística, e a pura propaganda do filme de acção, o que levou a que o núcleo principal de argumentistas – Julius e Phlip Epstein, a que se juntaria Howard Koch –, às tantas já não sabiam como acabar a história, nem os actores, por vezes, percebiam o que andavam por ali a fazer. Como o produto final seria bem diferente!
Conta-se que o produtor Hal B. Wallis terá convidado o prestigiado William Wyler para realizador, o que este declinou, tendo, então sido escolhido Michael Curtiz, conhecido por ter dirigido filmes de aventuras com o controverso Errol Flynn:  Capitão Blood, 1935, A Carga da Brigada Ligeira, 1936, As aventuras de Robin dos Bosques, 1938, e O Gavião dos Mares, 1940.
Tal como William Wyler, também os candidatos a actores principais, George Raft (para “Rick Blaine”) e Hedy Lamarr (para “Ilse Lund”), recusaram o convite.
É nesta altura que surge o mito de que um rapaz desenvolto, de seu nome Ronald Reagan, teria sido a escolha para o papel principal masculino, o do Rick Blaine, proprietário do “Rick’s Café”. Nada mais falso, uma vez que, na mente do produtor Hal Wallis, e desde que a aventura do filme CASABLANCA começou a ser concebida, lá para os finais de 1941, havia apenas um nome: Humphrey Bogart, tudo o resto não passaria, talvez, de uma manobra de marketing  de Reagan[i].
Humphrey Bogart que, neste filme, terá um dos papéis da sua vida, actor-personagem-fetiche, após tantos anos, ainda aparece como  alter ego de Woody Allen em Play it again, Sam, baseado na peça do mesmo nome da autoria de Allen, dirigido por Herbert Ross (1972),  intitulado em Portugal como O Grande Conquistador, e no qual Woody Allen interpreta, durante alguns minutos,  uma inesquecível personificação de Bogart.
E embora os Cahiers du Cinéma não morram de amores por Casablanca, o certo é que um dos seus ícones, Jean Luc Godard, utiliza a personagem-actor Bogart (Rick?, ou seria Sam Spade?) como inspiração para o pequeno escroque parisiense que Jean-Paul Belmondo interpreta em A Bout de Souffle (O Acossado, 1959).
Fechado esta parêntisis sobre o equívoco Ronald Reagan, refira-se ainda que a produção musical foi confiada a Max Steiner, que, mais não fosse, estava consagrado pelo chamado “Tema de Tara” de E Tudo o Vento Levou (M.G.M., 1939).
Steiner soube combinar a fragância da música norte africana (vd. os primeiros acordes do filme, misturados com a “Marselhesa”), a canção francesa ( os medley “Paris Montage” – Perfidia- e “A la Belle Aurore”, na qual, para além do eterno “As Time Goes By”, de que falaremos adiante, se misturam  acordes marciais prussianos com o som de botas maquisardes-tipo Chant des Partisans, ou “Parle-moi d’amour”, de Jean Lenoir – quando Victor e Ilse entram no Rick’s Café), a música americana, com sabor a Gershwin ou a drama romântico   (“Knock on the Wood”, “The very thought of you”, “It had to be you”- ouçam a versão de Sinatra,  disco “Trilogy”, Reprise, 1979, ou ” Love for Sale” de Cole Porter – cantada por nomes de prestígio, de Ella Fitzgerald a Jon Bon Jovi ), bem como a música de fundo na despedida, no aeroporto, sempre o “As time….(com, em primeiro plano,  a fabulosa frase “Here’s looking at you kid”).
Steiner também queria uma música para os dois (ou três?) amantes de Paris. Sugeriram-lhe um tema. De início recusou, por fim, aquiesceu, do género “ponham lá isso!”.     Chama-se “As time Goes By”, escrito em 1931 por Herman Hupfeld, e Casablanca tornou esta belissima melodia num tema universal, classificada pelo American Film Institute como a 2ª. Melhor música de filmes, apenas ultrapassado pelo inesquecível “Over the Rainbow” de O Feiticeiro de Oz (M.G.M., 1939), e cantada por dezenas de vozes consagradas (pessoalmente, recomendamos  a  versão do melhor cantor de todos os tempos: Frank Sinatra – disco “Point of no Return”, 1962, Capitol).
A título de curiosidade, refira-se que o livro de memórias do antigo publicista de The Beatles, Derek Taylor, se intitulou As Time Goes By: Living in the Sixties (Rock and Roll Remembrances Series No. 3 (Popular Cultures Ink, E.U.A., 1990)
Aos nomes atrás enunciados, é de justiça juntar a doce Ingrid Bergman (Ilse Lund Laszlo), Claude Rains (capitão Renault), Paul Heinreid (Victor Lazlo), Conrad Veidt (Major Strasser), Peter Lorre (Ugarte) e muitos outros.
E o que vem a ser Casablanca?
O início do filme informa-nos que muitos exilados da Europa Continental, principalmente opositores políticos, fugiam através de Marselha para Orão, na Argélia e, daí, para o Marrocos francês (sob o “governo” de Vichy), demandando Casablanca de onde partiam aviões para Lisboa, e da qual seria fácil chegar aos Estados Unidos, à Terra Prometida.
Para tal, era necessário obter “cartas de trânsito”, ou através do local comandante da Polícia (capitão Renault-Claude Rains), sob o olhar inquisidor da “autoridade” alemã (major Strasser-Conrad Veidt), ou pagando altos preços no mercado negro, a pequenos  contrabandistas (Ugarte-Peter Lorre). E onde era o ponto de encontro de toda esta fauna humana: No Rick’s Café Américan, cujo gerente era um americano de cujo passado nada ou pouco se sabia – Rick Blaine – Humphrey Bogart.
“O café do Rick é um círculo mágico onde tudo pode acontecer e acontece: o amor, a morte, a perseguição, a espionagem, jogos de sorte, sedução, música, patriotismo”[ii].
O café torna-se, assim, a placa giratória onde acontecem o romance, o sacrifício, o altruísmo, a nobreza, o amor, de três pessoas (e não A TRÊS), rodeados por inesquecíveis personagens que, de secundárias, só têm o nome, e que dão corpo a um dos momentos mais altos da história do cinema.   
É a esse café que, um dia aportam Victor Lazlo (Paul Heinred), um dos chefes da resistência europeia, fugido de um campo de concentração, acompanhado de sua mulher Ilse (Ingrid Bergman), que se virá a descobrir ter sido antiga amante de Rick em Paris, até que a ocupação nazi os separou. Victor pretendia, acima de tudo, fugir para Lisboa para reorganizar a sua actividade, pelo que necessitava das tais “cartas de trânsito”. No meio de todas as conversas, Ilse reconhece o pianista e sócio de Rick, Sam de seu nome (Dooley Wilson), e pede-lhe para tocar “As Time Goes By” ( é verdade, a frase “Play it again, Sam” nunca existiu).
De toda esta trama construiu-se um filme único! Filme de Guerra? Filme Policial? Filme  Romântico?  Triângulo Amoroso? Filme de Clichés?  Um pouco de tudo, e um pouco de nada. 
Para já, e se conseguissemos olhar  neutralmente para a película a preto e branco (e não a cores, como já o tentaram fazer, desvirtuando-o), e para os parcos cenários, seremos tentados a dizer, como de início o fez Umberto Eco na sua análise, : “… do ponto de vista estético (ou por quaisquer padrões puramente críticos), Casablanca é um filme muito medíocre.”[iii].
Mas, tal como Eco depois o desmonta, temos de escavar debaixo da fachada e ir ao cerne da questão.
CASABLANCA é um filme de guerra, de facto, porque o palco é a situação criada pela II Guerra Mundial, então a decorrer, mas é também um filme, diríamos, o mais belo filme romântico da história do cinema. Um romantismo que aproveita a guerra para a exorcisar e para se elevar acima e por causa dela. Tal como os românticos imaginavam Camelot e a corte do Rei Artur.  A Pureza, o Sacrifício, o Amor sublimado pela Renúncia.
E é, definitivamente, um filme político, na mais nobre acepção do termo.
No início da acção, perante a multidão que enche o seu café, Rick, em conversa, afirma “I stick my neck out for no one”. Ou seja, Rick aparece como um neutral e cínico comerciante, que não se importa com quem ou como lhe pagam, aparentemente sem coração e sentimentos.
Puro engano. O capitão Renault lembrar-lhe-á que, em 1936, vendia armas aos etíopes, em luta contra a invasão italiana e, em 1938, lutava ao lado dos republicanos contra os franquistas. Rick ainda dirá que foi muito bem pago, ao que Renault conclui, acertadamente, que os vencedores pagariam muito mais. Isto é, quando Rick chega a Casablanca, já tinha um passado político bem marcado, e sempre do lado da liberdade contra os ditadores. Não é por acaso que a sua lua de mel com Ilse ( e poderia ser noutra cidade, que não Paris, neste filme romântico?), acontecimento transversal ao filme, tem lugar na capital francesa, já que fora para França que fugiram muitos dos resistentes a Franco.
E é com este homem, que comprara a um pobre larápio (Ugarte) as “cartas de trânsito”, que têm de conversar Victor e Ilse, sob a vigilância de Renault e Strasser.
A simples presença de Ilse (de que a cena de “As Time Goes By” é apenas um sintoma) abre feridas em Rick o que, num fime medíocre, o faria retaliar, por ciúmes,  junto de Victor. Nada disso, a  única retaliação é junto de uma garrafa de Bourbon: “ Of all the gin joints in all the towns in all the world, she walks into mine” . A dúvida implícita que nos fica, porque se fosse explícita todo o espírito do filme seria traído, é a de um possível reencontro amoroso entre Rick e Ilse.
A partir daqui, o crescendo romântico e encadeado (“Os clichés são o que está a dar” , Eco[iv]) é vertiginoso. Os chamados clichés vão-se encaixando como num puzzle, com timing exacto para entrarem. Não por acaso, Claude Chabrol, outra figura de proa da nouvelle vague e dos Cahiers du Cinéma, dirá, acertadamente : “Descobri o segredo do sucesso da realização de filmes: timing”.
Victor tenta obter, e pagar, as “cartas”. Rick faz-se artificialmente caro, mas, Victor, acertadamente, confronta-o : “You know how you sound, Mr. Blaine? Like a man who´s trying to convince himself of something he doesn’t believe in his heart”.
É o mesmo Victor que, numa conversa, agora sobre Ilse, dirá a RicK : “Apparently you think of me only as the leader of a cause, Well, I’m also a human being. Yes, I love her that much”.
Não há, nem houve, qualquer triângulo amoroso. Como, nos dois minutos mais belos do cinema, Rick dirá a Ilse : “We’ll always have Paris”. O triângulo é outro, é Victor, Rei Artur de Camelot, Ilse /Guinevere, Rick/Lancelot (ou alter ego de Victor/Artur ?), e a demanda do Santo Graal /A Vitória, ferindo o inimigo com a espada Excalibur / A Resistência. Não será por acaso que após o último diálogo, Victor e Rick ouvem os oficiais nazis em altos berros a entoar “Die Wacht am Rhein”. Victor pede à orquestra que toque “A Marselhesa”.  A orquestra aguarda a ordem de Rick. Este acena que sim, e o hino revolucionário de 1789, da Liberdade, Igualdade, Fraternidade abafa completamente a soberba teutónica. É o Rick político, inexoravelmente, e mais uma vez. Sacrificando-se, e ao Café (que será fechado pelos nazis), por lealdade para com Victor e a sua demanda, e por amor a Ilse, que sabe não ter oportunidade de reaver.
A título de curiosidade, refira-se que a emoção e as lágrimas provocadas por “A Marselhesa”, visíveis na cena, são genuínas, já que a maior parte dos figurantes eram refugiados europeus fugidos à ocupação nazi.
E é assim, que, nas cenas finais, assistimos ao fabuloso diálogo, rostos em primeiro plano, olhos nos olhos (“Here’s looking at you kid”), entre Rick e Ilse, quando esta, numa última tentativa o tenta convencer a acompanhá-la (existem só 2 “cartas”…para Mr. e Mrs. Victor Lazlo, dirá Rick). Rick, sacrifica-se,  amando e por tal renunciando à mulher desejada, lembrando-lhe a imperiosa necessidade de acompanhar Victor na sua missão, ou demanda: “… Ilsa, I’m no good at being noble, but it doesn’t take much to see that the problems of three little people don’t amount to a hill of beans in this crazy world. Someday you’ll understand that”.
O diálogo atrás referido, e o final do filme, em que Strasser ainda tenta prender ou aniquilar Rick e os Lazlo, e acaba morto às mãos de Renault (“Prendam os suspeitos do costume”), revela o futuro, Renault e Rick vâo-se juntar à resistência, ou, pelo menos, apoiá-la, e a água de “Vichy”[v] acaba no caixote do lixo, num gesto que significa a catarse de Renault, finalmente expurgado das cadeias do comando e da propaganda impostas pelo ocupante. E Rick, pelo sacrifício, é o outro lado do espelho de Victor, Lancelot transfigurado em Artur.
 E todas estas emoções e acções se desenrolam perante nós, em apenas 102 minutos. No final, talvez não consigamos ler as legendas, já que algo nos turva a vista…
“É muito filme, uma antologia.”[vi]
“Se isto não for o cinema, é porque o cinema não existe. Nem eu, nem tu. Nem nenhum de nós”. [vii]
Casablanca foi lançado oficialmente, nos Estados Unidos a 26/11/1942, mas com pouco êxito. Somente depois da conferência entre Churchill e Roosevelt, em 1943, precisamente em Casablanca, o interesse pela película sobe exponencialmente, e é reexibido com sucesso.
Em 1944 conquista três Óscares: Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Argumento Original. Espantosamente, Bogart não ganhou o prémio de melhor actor (vingar-se-ia, anos mais tarde, e esplendorosamente, com A Rainha Africana , de John Huston, e ao lado de Katherine Hepburn).
Em Portugal, e “compreensivelmente”, só é estreado após o fim da II Guerra, no  cinema Politeama, a 17/05/1945. Consta que a cena de “A Marselhesa” foi aplaudida de pé durante minutos.
Escusado será dizer que circularam e circulam diversas histórias sobre possíveis remakes deste filme, desde intenções de Madonna (!), que situaria o cenário no Iraque (!!) ao cinema indiano de “Bolywood”, passando pela inefável Paris Hilton. A título de curiosidade, refira-se que uma “coisa” chamada “Barb Wire” (em português “Bela e Perigosa”), de 1996, dirigida por David Hogan, com Pamela Anderson, que interpreta a proprietária de um night club na única cidade livre (Steel Harbour) de um país, dirigido, no século XXI, por métodos autoritários, tenta passar como inspirada em Casablanca .
 O que vale é que o crime não compensa! Perdão, e abra-se aqui um parêntesis, às vezes compensa e até ganha estatuetas. São uns “artistas”… não é verdade, Gene Kelly, Martin Scorcese?
Mas voltemos àquele que, na nossa modesta opinião, consideramos o mais belo e emotivo filme da história do cinema, socorrendo-nos das sempre sábias palavras do saudoso João Bénard da Costa:
“Quem o vir impassível, ou já perdeu a alma, ou já perdeu o coração, ou já perdeu um e outro. É ser humano de companhia a evitar cuidadosamente”[viii].
Só nos resta recomendar, pedir, que vejam, ou revejam, “Casablanca”.
De mãos dadas, de preferência. Pode ser o princípio de uma bela amizade...
Até porque “… the world will always welcome lovers / as time goes by”.




[i] “Casablanca Behind the Scenes”, Lebo, Harlan, Simons & Schuster, New York, 1992 e “Round Up the Usual Suspects”, Harmetz, Aljean, Hyperion, New York, 1992, coligido por Barbara e David P. Mikkelson, Urban Legends Reference Pages, 1995/2012

[ii] “Casablanca, or, The Clichés are Having a Ball”, Eco, Umberto, in Signs of Life in the U.S.A.: Readings on Popular Culture for Writers, edição de Sonia Maasik e Jack Solomon, Bedford Books, Boston 1994, pgs. 260-264 – tradução de Filomena Diogo

[iii] Idem, ibidem
[iv] Id., Ib.
[v] Por Vichy, designamos o governo fantoche instalado pelos nazis após a invasão da França. Os alemães ocuparam o Norte da França, e o sul foi “governado” por esse governo francês  colaboracionista – prendia e executava opositores, deportava prisioneiros para os campos de concentração. A 11/11/1942 os alemães ocuparam toda a França e acabou a fantochada.

[vi] “Casablanca, or, The Clichés are Having a Ball”, Eco, Umberto, in Signs of Life in the U.S.A.: Readings on Popular Culture for Writers, edição de Sonia Maasik e Jack Solomon, Bedford Books, Boston 1994, pgs. 260-264 – tradução de Filomena Diogo

[vii] Os Filmes da Minha Vida; Os Meus Filmes da Vida- 1º. Volume, da Costa, João Bénard, Assírio & Alvim, 2ª. Edição, 2003            
[viii] Os Filmes da Minha Vida; Os Meus Filmes da Vida- 1º. Volume, da Costa, João Bénard, Assírio & Alvim, 2ª. Edição, 2003            
 

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