segunda-feira, 18 de novembro de 2013

UNIÃO ZOÓFILA

Ontem, 17 de Novembro, a União Zoófila completou 62 anos.
Nunca é demais enaltecer o papel desta e doutras Instituições análogas, especialmente num período de crise e desmoralização como é o que, infelizmente, atravessamos, pelo carinho, dedicação, sacrifício, que devotam àqueles que são os melhores amigos que um ser humano pode ter, incondicionalmente: os animais.
Nestes dias de chumbo, em que o desemprego, a pobreza nos flagelam, vemos, infelizmente, aumentar o número de animais abandonados, o que é, de facto, muito cruel.
Por isso, a recolha, alimentação, medicação, agasalho, que a União possa dispensar a estes seres, torna-se  mais urgente e os meios, apesar de todas as boas vontades, são escassos. Recorda-se que a União não beneficia de qualquer apoio estatal ou subsídio.
O que se "compreende" nos tempos que correm, quando, espantados, lemos e ouvimos, por exemplo, o beato César das Neves afirmar que o aumento do salário mínimo é mau para os pobrezinhos, e que os pensionistas, afinal, são uns fingidores e até vivem a abarrotar de dinheiro. A esta gente é mesmo de lhes açular os cães às canelas.
"Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais", dizia o grande Alexandre Herculano.
 Animais que nos dão lições à nossa "humanidade" e "racionalidade".
Do mítico Argos, o fiel cão de Ulisses, a Hachiko, o comovente exemplo de fidelidade vindo do Japão, de Barry, o São Bernardo que terá salvo 40 pessoas e terá sido homenageado por Napoleão, a Balto, o husky siberiano que, em 1925, puxando um trenó, percorreu 160 quilométros a transportar medicamentos para debelar uma epidemia de difteria no Alasca.
 
(Estátua de Balto no Central Park, Nova Iorque)

Mas, para nós, deixemos agora de lado estas vedetas, e olhemos, com ternura, para aqueles seres que nos enchem a vida.
Limpam as nossas lágrimas quando estamos tristes, brincam quando explodimos de alegria, ronronam e enroscam-se para os afagarmos, vigiam-nos e protegem-nos quando estamos doentes, acompanham-nos e guiam-nos na velhice, são os nossos olhos quando somos invisuais.
São companheiros fiéis, desinteressados, incapazes de traições ou duplicidades, honestos, dedicados, por vezes dando a própria vida por nós.
Sejam Bobbys, Tarecos, Chopins, Rucas, Afonsos, Dianas, Tobys, o que quiserem.
União Zoófila, ou congéneres, prestam um serviço único à sociedade que nunca poderemos pagar.
É um acto de amor, como amor merecem os nossos animais, os nossos amigos.
Todos os animais. 
 
 
  

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