sábado, 9 de novembro de 2013

O MURO

 
Faz hoje 24 anos. Aqui, também o Mundo mudou.
Um dos símbolos mais marcantes da chamada Guerra Fria tombava com fragor: o Muro de Berlim.
36 anos, 80 mortos, 112 feridos depois, o Muro de 66,5 quilómetros, 302 torres de observação e 127 redes electrificadas, que dividia o Oeste do Leste, desaparecia, volatizava-se.
Mais que a reunião de Berlim, era a unificação da Europa, era o sonho do continente solidário do Atlântico aos Urais, entreajudado, berço da civilização, da liberdade, da igualdade e da fraternidade. 
Uma Europa que, então tinha estadistas que poderiam ter todos os defeitos possíveis e imagináveis, todas as ideologias diferentes, mas tinham visão. Homens como Mikhail Gorbachov, Helmuth Kohl, François Mitterand ou Jacques Delors.
Que não eram marionetas acéfalas.
Caiu o Muro de Berlim!
E... caíram todos os muros...?
Ou, pela cegueira neo-liberal, não será que estamos a assistir, parafraseando Churchill, à descida de uma nova cortina de ferro que se abate sobre a Europa, dividindo, não fisicamente, mas de uma maneira mais perigosa e subtil, insidiosa e fria, o Norte do Sul, os "bons" dos "maus" alunos?
Há muros mais duros e ásperos que os de cimento...


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