quinta-feira, 28 de novembro de 2013

MAS TAMBÉM SE ABATEM

 
Passam hoje trinta anos sobre o dia em que começaram os trabalhos para a demolição do histórico cinema Monumental.
O camartelo soou mais forte que a cultura.
Entretanto, os cinemas foram fechando em todo o país, e não só em Lisboa (onde poderíamos recordar o Tivoli, São Jorge, Apolo 70, Império, Estúdio, o inesquecível Quarteto).
Mesmo ponderadas respeitáveis situações de ruptura financeira, é sempre lamentável testemunhar o encerramento de locais onde se mostravam culturas diversas, propostas cinematográficas diferentes e onde, acima de tudo ríamos, chorávamos, pensávamos, reflectíamos, namorávamos, vivíamos a vida.
Eram os "cinemas paraíso" das nossas memórias.
E este semana foi outro, em Lisboa, o King, onde se passaram centenas de filmes admiráveis, onde a cinematografia europeia de autor, por exemplo, foi acolhida para prazer dos cinéfilos.
E a seguir?
Alguém chegará ao ponto, por exemplo, de deixar a Cinemateca morrer de asfixia?
Cuidado, que esta gente, que de cultura nada sabe, é perigosa e abrirá as portas para que tudo a troika leve! 

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