sábado, 19 de abril de 2014

TOURADAS? NÃO, OBRIGADO. BASTA!

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados." (Mahatma Gandhi)

Amanhã, domingo de Páscoa, começa mais uma temporada desse "espectáculo" "tradicional" a que se chama tourada.
A partir de amanhã, passaremos a assistir a imagens como a de cima.
Em nome de quê, e para satisfazer quem?
96% dos portugueses não assistem a touradas.
95% dos telespectadores não presenciam touradas na TV.
O número de touradas em Portugal passou de 345 em 2003 para 240 em 2013.
Entre 2010 e 2013 a praça do Campo Pequeno perdeu 40.000 espectadores.
Marcas de referência como "Oliveira da Serra", "Heineken", Bosch, Minipreço ou Licor Beirão recusam-se a patrocinar touradas. 
Morrem, por anos, 2.000 touros, consequência directa de tal "tradição"
Mas os catolicissimos Portugal e Espanha ainda fomentam esse "espectáculo".
Até no século XVI (mais exactamente 1567) ignoraram ostensivamente uma Bula papal, de Pio V, que proibia as corridas de touros.
O liberalismo e a República interditaram tais "espectáculos".
O absolutismo e o Estado Novo fomentaram-no, este recorrendo, inclusive ao cinema.
No dealbar do século XXI, quando até o Código Civil francês se prepara para classificar os animais não-humanos como seres dotados de sensibilidade, é altura, neste país de dizer, com todas as letras, e alto e bom som: BASTA de touradas!
Basta de torturar, com sádica crueldade, animais indefesos (e, por pudor, não se descrevem aqui, em pormenor, as torturas a que um animal é sujeito antes da corrida "à portuguesa", e depois desta - sugere-se consulta, no Facebook, ao site "Basta de Touradas" ).
Basta de alimentar os egos, e as carteiras, de meia dúzia de fidalgotes ou pseudo-fidalgotes arruinados, avinhados e pesporrentes, que não têm onde cair mortos. Mas matam inocentes!
Basta de demonstrar o mais completo desprezo pelos mais elementares direitos dos seres vivos e de insultar todos os avanços civilizacionais em nome de uma barbárie sem nome.
Basta de descarregar em seres indefesos todas as frustrações dessa gente.
E todos os complexos.
E todas as impotências, incluindo as sexuais.
É tempo, e hora, de dignificar os Animais, nossos irmãos, como diria Francisco, o Santo (e decerto, o Papa).
Dignificando, assim, o Homem


 (sobre a influência nefasta das touradas junto das crianças, leia-se o excelente trabalho da Dra. Constança de Carvalho aqui )

E se quiserem touradas, fiquem-se com esta, muito mais digna, importante e certeira:


("Tourada", 1973 - música de Fernando Tordo, que canta, poema de José Carlos Ary dos Santos)

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