quinta-feira, 17 de abril de 2014

ENTREVISTA A P.P. COELHO

 
Apesar de várias tentativas, que incluíram o pagamento de um almoço de carapaus de escabeche e um litro de tintol na tasca ali da esquina, o que é certo é que nenhum dos sabujos, perdão, dos jornalistas de economia contactados aceitou a condução da entrevista. Nem António Costa, do "Diário Económico", Gomes Ferreira da "SIC-Notícias" ou Camilo Lourenço, do "Vai a Todas".
Assim, fica o trabalho, decerto incompleto, do que se conseguiu depois do diálogo com o Sr. Coelho:

Entrevistador (E): Bom dia, Sr, Coelho, como está? E a senhora e os meninos, tudo bem ?
Pedro Passos Coelho (PPC) : ............................
E: E o padrinho Cavaco, está bom, como vai o galinheiro das cagarras?
PPC:..............................
E: Então, daqui por 31 dias, em princípio, a troika termina a tarefa. Como vai ser a saída?
PPC:..............................
E: Na sua óptica de primeiro-ministro, como analisa as perspectivas de sustentabilidade da dívida?
PPC:.............................. 
E: O Governo refere que os cortes previstos para 2015 não implicam novos sacrifícios nos salários e pensões, mas sim ajustamentos na máquina do Estado. É mesmo isso que vai suceder?
PPC:..............................
E: E se tal for verdade, porque não começaram logo por aí, em vez de brutalizar os portugueses com cores cegos, violentos e anti-sociais?
PPC:...............................
E: Não é verdade que tal violência colocou classes sociais umas contra outras, gerações em conflito, emigração brutal, como há 50 anos não se via, coesão social e nacional em risco, tudo incentivado pelo seu governo?
PPC:...............................
E: Por outro lado, tais cortes cegos e sem estudos prévios, não fragilizou as franjas mais pobres e frágeis da sociedade, com queda da qualidade no ensino, na saúde, nas obrigações sociais do Estado?
PPC:...............................
E: A outro nível, a drástica redução dos apoios à investigação, à ciência, à pesquisa, à cultura, não poderão hipotecar o desenvolvimento do país e obrigará ao êxodo de uma geração bem preparada?
PPC:...............................
E: A outro nível. Não considera ser um escândalo, lamentável, com laivos censórios e lápis azul, o senhor de óculos parolos, que dizem ser secretário da...cultura, ter insinuado à escritora Alexandra Lucas Coelho que, em vez de criticar o Governo, devia estar muito agradecida por o prémio APE tmbém ter migalhas do Estado?
PPC:................................
E: Ainda sobre a temática social, não acha demagógico o seu mentiroso paranóico, o seu vice de serviço, justificar o fim do Rendimento de Inserção a 98.000 beneficiários porque teriam um património de 100.000 euros, quando tais casos se resumem a 250 casais?
PPC:...............................
E: E será que, como a Jonet do Movimento Nacional Feminino, também pensa que os malandros dos desempregados que consultam as redes sociais, onde tantas oportunidades aparecem, deviam era trabalhar à borla?
PPC:...............................
E: O Sr. Coelho confrontou várias vezes o Tribunal Constitucional, que só aprovou certas medidas porque seriam "transitórias". Agora você diz que serão para ficar. Passam a ser constitucionais? Ou não?
PPC:...............................
E: Depois de calibrar os dados económicos, conhecidos até agora, disse que pode desonerar os portugueses em 2016. Mas isso não é depois das eleições ? Alguém lhe garantiu que, nesse ano, ainda vai ser o primeiro daquela gentalha do governo?
PPC:...............................
E: Voltando aos cortes, existe alguma razão profunda por tanta senha persecutória contra funcionários públicos, pensionistas, pobres em geral, camadas sociais marginais, cada vez mais marginalizadas?
PPC:...............................
E: Num país em que a pobreza aumentou 9% num ano, em que as insolvências subiram 7%, em que apresentamos quase 16% de desempregados, em que quase 25% dos habitantes estão no limiar da mesma, onde quase 200.000 pessoas foram forçadas, e incentivadas a emigrar, onde o consumo de fruta, carne de vaca ou de suínos caiu para níveis de há quase 15 anos, a economia de rastos, como quer promover o crescimento?
PPC:...............................
E: E a dramática quebra na natalidade? Pensa que as pessoas farão filhos por gosto, com os actuais números do desemprego, com trabalhos precários e temporários, com salários cada vez mais pequenos? Acha que é com esta política que nascem mais crianças?
PPC:...............................
E: E, agora que se aproximam as eleições europeias, que planos concretos tem para a Europa, para o reequilíbrio da estrutura do Euro, para o reforço da coesão e solidariedade europeias, que estiveram na base da construção da UE? Ou continuará curvado, venerando e obrigado perante Berlim?
PPC:...............................
E: É que, quem olha para si e para a sua tropa de choque governamental, tem a sensação de que têm um profundo desprezo pelos portugueses, pelo país, que recalcam complexos e frustrações por serem cidadãos desta Nação de quase 900 anos. É assim? E, tudo isto, não releva de uma ideologia totalitária, mesquinha, violenta, racista e de casta? Raça superior?
PPC:................................
E: De acordo com o que disse sobre o "Manifesto dos 70", prefere defender uma certa Europa amnésica e não os interesses do seu país e de outros na mesma situação. Disse: "...estão a falar de uma Europa que não existe nem existirá, e ainda bem, porque ninguém aceitaria uma Europa em que uns poupam para que outras possam gastar". É isto mesmo, do fundo do vosso coração (tê-lo-ão)?
PPC:.................................
E: É que, dias depois, na Assembleia da República, a 4/04, voltou a afirmar: "Não há nenhuma parte do mundo em que uns poupem para os outros gastarem. Solidariedade não é caridade.". Isto é para estigmatizar os portugueses? É convencê-los de que estamos condenados a ser eternamente pobres? 
PPC:.................................
E: Subscreve o que disse Durão Barroso, ao "Expresso" : "Em vez de estarem a criticar a Alemanha, vamos fazer como a Alemanha fez." ?
PPC:.................................
E: Então, fazendo como a Alemanha, vamos reunir os credores, perdoar 50% da dívida, pagar com 5% das exportações, e só se a balança externa for positiva, obter a garantia da nossa fluidez económica, tornar inaceitável a redução do consumo, condicionar os pagamentos à capacidade de os satisfazer, reestruturar a dívida as vezes que forem necessárias em caso de alguma dificuldade no percurso?
PPC:..................................
E: Não acredita? Pergunte à sua tutora Angela Merkel. Ou talvez não, já que parece que na Alemanha não consta dos manuais de História o Acordo de Londres de 27 de Fevereiro de 1953. Sabia?
PPC:..................................
E: E sabia que as dívidas contraídas pela Alemanha antes da II Guerra só foram integralmente pagas na década de 90 do Século XX?
PPC:...................................
E: E que ente os credores que resolveram assinar o Acordo, solidários com a Alemanha, figuravam uns tais Irlanda, Espanha e Grécia?
PPC:....................................
E: E tudo isto não nos leva a concluir que a Europa, a dívida, o crescimento merecem mais que a condenação à solução única, ao empobrecimento coagido, ao "pobrezinhos mas honestos"?
PPC:....................................
E: E acha justo não dar uma réstea de esperança a este País, ou a este povo? Merecem eternamente ser castigados por quererem ser pessoas e não números? Merecem não ter o prazer de conhecer a felicidade e a alegria? E o próprio prazer de fruir da vida?
PPC:....................................
E: Por fim, tem alguma ideia em mente?
PPC: O que é uma ideia?
   

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