sábado, 26 de abril de 2014

GUERNICA: PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA!

 
Pouco passava das 14.30 de 26 de Abril de 1937.
A guerra civil de Espanha estava no auge.
Era dia de mercado na cidade de Gernika, capital espiritual do País Basco que tinha unilateralmente declarado a independência, face ao golpe do sanguinário Francisco Franco.
Cerca de três horas depois, jaziam numa cidade arrasada, cerca de 1.650 mortos e 890 feridos.
A aviação nazi da Legião Condor, com 40 aviões, que Hitler tinha enviado para ajudar o seu amigo Franco, tinha acabado de cometer a "proeza", mais um dos muitos massacres dessa guerra fratricida.
Gernika nem era objectivo militar ou estratégico.
Serviu, apenas, para tentar quebrar o moral da Nação Basca, e para os alemães treinarem bombardeamentos sobre alvos urbanos, para o que se seguiria cerca de dois anos e meio depois.
Para que não se perca a memória.
E, precisamente, em memória da carnificina, Pablo Picasso pintou a obra-prima acima reproduzida, e expressamente proibiu a sua ida para Espanha sem que neste país fosse restaurada a democracia.
A 9 de Setembro de 1981 o quadro regressou a Madrid, vindo de Nova Iorque, e encontra-se exposto no Museo Reina Sofia, junto à estação de Atocha.
Foi o último exilado a regressar à Pátria, após a queda da ditadura franquista.

("Ay Carmela" ou "El Paso del Ebro" - cântico das Brigadas Internacianais durante a Guerra Civil espanhola)
 
 

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