sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

COADOPÇÃO: REFERENDAR A HIPOCRISIA?


No dia 17 de Maio de 2013 a Assembleia da República aprovou, na generalidade, o projecto de lei relativo à coadopção de crianças por casais do mesmo sexo.
Atenção, jotinhas e quejandos, é COADOPÇÃO, não é ADOPÇÃO, que os projectos referentes a esta matéria foram chumbados na altura.
Como é norma, o projecto baixou à Comissão especializada, preparando-se o diploma definitivo, que esta semana iria ser votado na especialidade.
Iria, isto porque, entretanto, os rapazes da JSD apresentaram uma proposta visando a realização de um referendo, inviabilizando a discussão e votação do referido projecto.
Um referendo que não só contemplaria a COADOPÇÃO mas, também, a ADOPÇÃO, matéria que já estava encerrada. Referendo ilegal?
Claro! Com esta manobra, empurra-se o problema para a frente, usa e abusa-se da expressão "vontade popular", como se a Assembleia da República não fosse a emanação dessa mesma vontade e, no fundo, revela-se a hipocrisia desta gente, que se diz cristã, bate no peito, mas que deve odiar o Papa Francisco que, imagine-se o Belzebu, até baptiza filho de mãe solteira!
Para esta ideologia exterminadora, passa-se por cima do amor familiar, do carinho, do acompanhamento da criança, da estabilidade da família.
Em nome de conceitos retrógados e simplistas sobre a família, os pais, as mães, o casamento, adia-se, ignora-se, rasga-se, o que está na base deste projecto: A felicidade das crianças!
Que ferro, como diria o Eça!
Ou como escreveu o outro,
Mas...as crianças, Senhor?!

(Sobre este tema, melhor do que ficou escrito, leia-se, a seguir, o excelente texto de Fernanda Câncio, no "Diário de Notícias" de hoje)

Referendar o horror - Opinião - DN

Sem comentários:

Enviar um comentário