quarta-feira, 30 de outubro de 2013

2 BOBBYS / 4 TARECOS

 
Assunção levantou a Crista, e decidiu, com modos de comissária do povo, um novo salto em frente:
Os portugueses, por apartamento, só podem ter quatro animais domésticos,
Mas não mais que dois cães,
Ou quatro gatos,
E nunca dois cães mais três gatos,
Seja T0 ou T5,
Até pode ter uma piton, um gato, um camelo, um cão,
Coloca o camelo na banheira, que ele não bebe a água do duche,
Ou uma vaca na varanda, e tem leite à borla,
Mas pode ter dois cães ou quatro gatos.
E nenhum periquito, arara ou papagaio?,
Ou, se quiser um hamster, esconde-o na gaveta da cómoda?
Ou por baixo do pexixé?,
Mas isto levanta outra questão, qual é,
Se os canídeos ou felinos têm pulgas,
Quantas pulgas por animal, ou por centímetro quadrado? 
E se for uma piton encafuada num T0, quantos metros pode medir?
E quando o companheiro, a companheira, os filhos levam um cão ao passeio,
Pode abrigar em part-time uma tartaruga?
O que iria desenvolver o negócio de animais de estimação com taxímetro,
E uma tarântula, assim por afinidade manhosa, pode ser considerada uma carraça XXL e, assim,
Coabitar com os dois lulus ou os quatro siameses?
Assunção, a da Crista, descobriu a sua vocação,
Almirante de uma Arca de Noé,
Mas sem leões, tigres, elefantes, que isso já tem direitos de autor,
Mas de uma Arca onde pode reunir os seus amiguinhos do Des-Governo,
E fazer-se ao largo, ao Mar Oceano,
E desaparecer no horizonte,
Já não Arca, mas Nave dos Loucos, que é a conclusão disto tudo...

 

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