segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

RUGBY : O ÁRBITRO

 
(Alain Rolland, árbitro internacional de Rugby)

Há desportos em que o árbitro é uma figura considerada quase como um estorvo, alguém que pode ser contestado em altos berros, enxovalhado, humilhado em vez de criticado, agredido por palavras e actos.
Desportos onde os protagonistas, a todos os níveis, mais parecem membros de gangs ou de associações mafiosas.
No Rugby, desporto de intenso contacto físico, o árbitro é um interveniente activo.
Respeitado, apesar de poder ser criticado, como é natural.
As suas decisões são acatadas sem polémicas em campo, ou atitudes agressivas.
É um pedagogo, quando previne possíveis infractores, explica as razões das faltas que assinala, recomenda aos capitães de equipa que serenem e aconselhem os seus jogadores.
E dispõe, em caso de dúvidas, não só o recurso à opinião dos seus árbitros auxiliares, que não são meras figuras de corpo presente, como, também, o recurso às novas tecnologias, através do vídeo-árbitro, para dissipar as últimas dúvidas.
No Rugby, o árbitro é uma figura prestigiada.
Daí também o prestígio da modalidade.
E, no passado dia 21, um dos maiores árbitros da actualidade, o irlandês Alain Rolland despediu-se dos jogos internacionais após o Gales-Escócia que arbitrou para o Torneio das 6 Nações.
Já temos saudades deste filho da Irlanda, que falava francês com os jogadores franceses, e inglês com os britânicos.
Um exemplo para a arbitragem e para o desporto em geral. 

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