quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

FRANÇOIS TRUFFAUT

Nasceu em Paris há 82 anos. Morreu aos 52, consequência de um tumor cerebral.
De seu nome François Truffaut
Foi rejeitado pelos pais, pequeno delinquente, estudante sofrível, rebelde, cineclubista, jornalista, crítico de cinema, argumentista, actor, produtor, realizador.
Influenciou, marcadamente, uma nova geração de cineastas americanos, como Steven Spielberg, Quentin Tarantino, Brian de Palma ou Martin Scorcese.
Com os seus colegas dos míticos "Cahiers du Cinéma" (desde 1951), defendeu uma nova forma de abordar o cinema, libertando-o da pressão dos estúdios e produtores, realçando que um filme, tal como um livro ou uma canção, é a obra do seu criador, do seu realizador, dando como exemplo a obra de Alfred Hitchcock, e que o novo cinema deve reflectir a realidade social e não a pura estética.
E do grupo dos "Cahiers" saem os autores como Jean-Luc Godard, Claude Chabrol, Eric Rohmer, Jacques Rivette, entre outros que, a partir dos anos 50, designadamente 1959, revolucionam o cinema com a chamada "Nouvelle Vague".
1959 vê "O Acossado", de Godard, para o qual Truffaut escreveu o argumento, e o seu "Os 400 Golpes", com o qual ganharia o prémio de Melhor Realizador em Cannes.
Filma, apaixonadamente, a paixão, as mulheres, os traumas de infância e juventude, a tirania e a coragem.
E inunda-nos com obras-primas como Disparem sobre o Pianista", "Jules e Jim", de 1962, considerado um marco da Nova Vaga, "Fahrenheit 451" ("Grau de Destruição"), de 1966, baseado num conto de Ray Bradbury, no qual um poder totalitário domina o mundo, os livros são banidos, e os mesmos são conservados na memória de alguns resistentes, que os decoram.
Truffaut chegou a ser considerada hipótese para dirigir o já clássico "Bonnie & Clyde", de 1967, o que não se chegou a concretizar.
Em 1974 recebe o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro para "A Noite Americana", filme que também receberia igual distinção nos BAFTA, a par de Melhor Realizador, e Melhor Actriz Secundária (Valentina Cortese).  
Ainda nos brindaria com, além do mais, "A História de Adèle H.", de 1975, "A Idade da Inocência", de 1976, e "O Último Metro", de 1980, uma história passada durante a ocupação nazi.
Não esquecendo, claro, que o vimos como actor, num tributo ao "discípulo" Spielberg, no inesquecível "Encontros Imediatos do Terceiro Grau", de 1977.
François Truffaut foi outro dos que transformaram o cinema em Cinema.
 
(Imagens da rodagem de "A Noite Americana" - Le Cinéma Régne!)
 
 

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