segunda-feira, 30 de março de 2015

O BAILINHO...

 
 
É o que acontece, o que tem acontecido, sempre que a Esquerda esconde os seus princípios, varre a ideologia para debaixo do tapete e, em nome sabe-se lá do quê, deixam-se cair as bandeiras pelas quais durante décadas várias gerações lutaram.
Pela dignidade de quem trabalha, pelo Estado Social, pela Educação, pela Cultura, pela Saúde, pela Justiça, por uma Europa solidária.
Ao renderem-se às teses neoliberais e selvaticamente capitalistas, ao amarrarem-se a tratados que limitam as soberanias, alimentam-se e engordam-se os populistas de extrema-direita.
Nada para que ninguém, repetidamente, tenha alertado.
Depois destas tareias madeirenses e francesas, bom será que a esquerda, designadamente a que se reclama do chamado "socialismo democrático", abra os olhos e interiorize que, sem ruptura com o actual modelo que nos querem impingir, não há futuro e, muito menos, maiorias absolutas.
Nem haverá país.
Nem Europa. 
Talvez apenas um imenso protectorado, do Atlântico aos Urais, alimentado por mão-de-obra escravizada e alienada.

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