sábado, 28 de março de 2015

THE BELÉM'S WALKING DEAD

 
Mais uma vez Cavaco abriu a boca.
E, como sempre acontece quando não vigiam a criatura, sai asneira.
Agora, ficou todo enxofrado porque, na sua visão canhestra, os "agentes políticos" (quais? quem?), terão tentado esconder, ou terão ficado incompreensivelmente incomodados, com as previsões para o crescimento da economia portuguesa que ele e o secretário-geral da OCDE estimam em 2%.
Mais, que os tais "agentes políticos" deveriam concentrar-e no combate à pobreza e ao desemprego, já que as "intrigas político-partidárias não criam um único emprego".
Da falta de cultura democrática do homem, mais, da sua completa falta de cultura e assumida mesquinhez, já se sabia.
Agora, a sete meses de eleições legislativas e a um ano de eleições presidenciais, esta falta de pudor, de vergonha, de isenção, esta descarada colagem à narrativa oficial da cambada do Governo é delirante.
Para um dito economista, é demais!
Que crescimento, em que condições, qual o valor acrescentado, qual a incorporação de novas tecnologias, qual o investimento aplicado, ou, afinal, estamos apenas perante um aproveitamento circunstancial das quedas do preço do petróleo e da cotação do Euro?
É que para as agências de rating, as tais que o zombie de Belém idolatra, o lixo mantém-se.
Tal como os sacrifícios a que os portugueses estão sujeitos, sacrifícios que, há quatro anos, aquando da sua reeleição, berrava que não se deveriam exigir em demasiado. Claro, o Governo não era da sua cor partidária...
Tudo ao contrário do seu Governo, que desvelada e declaradamente apoia e do qual ´re porta-voz dedicado tem praticado, num consciente e ideologicamente preparado caminho para a total submissão e dependência.
Ou um crescimento sustentado da economia é compatível com:
-Recuo do PIB em 15 anos;
-Recuo do Investimento em 30 anos;
-Recuo do emprego em níveis de há 20 anos;
-Números da emigração iguais aos de há 40 anos;
-Aumento da pobreza até um inimaginável 1974! 
Estes os grandes sucessos dos seus rapazolas governamentais.
Fique-se pelo pastel de Belém e não se engasgue, Avô Cavernoso!

NOTA: Cavaco sabe, ou teve ideia, de quem é Herberto Helder?
Ná.....não vale a pena. É bater mais no ceguinho, surdinho e mudinho.
 
("O Avô Cavernoso" - Mão Morta - Letra e música de José Afonso)

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