quinta-feira, 5 de março de 2015

CASABLANCA - UMA LUFADA DE AR FRESCO


No sábado 28 de Fevereiro, a RTP-2 exibiu o mítico "Casablanca", filme de Michael Curtiz, de 1942, interpretado, entre outros, por Humphrey Bogart (Rick) e Ingrid Bergman (Ilse).
Talvez seja repetir demasiadamente, talvez já tudo isto seja velho, mas "Casablanca" continua, exibição após exibição, a maravilhar, a emocionar.
Já muito se disse, já muito se escreveu, mas nunca será impossível esquecer o sorriso frio de Bogart, a frágil ternura de Bergman, o amor a que se renuncia por amor a uma causa maior, a Marselhesa a abafar os urros nazis, a realidade de três pequenas pessoas (Rick, Ilse e o companheiro desta, Lazlo) no meio de um mundo em turbilhão (II Guerra Mundial), a lealdade, a franqueza, a nobreza, o desgosto, a compaixão, a ternura, a liberdade, o sonho.
Nestes tempos de chumbo, ver "Casablanca" é assistir à vitória dos mais nobres sentimentos do ser humano e respirar ar fresco.
E brindar com uma taça de champanhe, a dois, dizendo como Bogart "Here's looking at you kid!".
Tendo a certeza que, no fim, tudo, qualquer coisa, poderá ser o princípio de uma bela amizade.
O saudoso João Bénard da Costa escreveu:
"Quem o vir impassível, ou já perdeu a alma, ou já perdeu o coração, ou já perdeu uma e outro. É ser humano de companhia a evitar cuidadosamente."*
Vai uma aposta que Coelho e Cavaco, ou nunca viram, ou não sabem ou ficaram impassíveis?

("As Time Goes By" - Dooley Wilson - imagens de "Casablanca")


*-""Os Filmes da Minha Vida. Os Meus Filmes da Vida", Assírio & Alvim, 1º. volume, pág. 143

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