quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º. MAIO

 Pelo seu significado, o Dia do Trabalhador deve ensinar-nos que, ao contrário do que muita gente possa pensar, o capitalismo lê Marx (que muita "esquerda" considera obsoleto), e com cuidado.
A luta de classes, que está bem moldada no ADN deste dia, já não confronta apenas produtores da riqueza e detentores dos meios de produção. Apreendendo o significado e a dialéctica da mesma, o capitalismo teve os meios e o engenho, perante a passividade de muitos, instalar tal luta entre os próprios produtores de riqueza - os trabalhadores-, entre as organizações - monopólios contra pequenas empresas- e entre nações, como é flagrante no actual quadro europeu, entre os bem comportados do Norte e a ralé do Sul.
Dividir, dividir cada vez mais para reinar.
Nestes tempos, de nada vale falar-se em atitudes patrióticas. Aqui, a nossa luta não é só em Portugal. É em Espanha, Itália, Irlanda, Grécia, Chipre. E em todas as latitudes e longitudes onde aqueles que produzem são desprezados e a sua mais-valia confiscada. Em todos os locais onde a exploração desenfreada e a destruição de direitos elementares fazem crescer as vinhas da ira.
Ser de esquerda é, mais que tudo, ser internacionalista. Como o 1º. de Maio!       

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