segunda-feira, 3 de março de 2014

ALAIN RESNAIS

Na véspera do glamour e lantejoulas dos Óscares (1/03/2014), morria um dos grandes nomes do cinema europeu e mundial: Alain Resnais.
Contemporâneo dos próceres da chamada "nouvelle vague", Resnais não se colou a rótulos, filmando, como um virtuoso, misturando modernismo e surrealismo, assinando de forma vincadamente pessoal aquilo a que se poderiam chamar "ficções poéticas", apoiando-se em argumentos escritos por, entre outros, Marguerite Duras ("Hiroshima, Meu Amor"-1959) ou Alain Robbe-Grillet ("O Último Ano em Marienbad"-1961), obras de leitura possivelmente difícil, mas que deixaram marca indelével na cinematografia mundial.
Registo, ainda, para dois filmes "gémeos" que, entre nós, tiveram assinalável êxito: "Fumar"/"Não Fumar" (1993).
Resnais foi, também, autor de aclamados documentários como, por exemplo, "Noite e Nevoeiro", de 1955, relativo aos campos de concentração nazis.
Espírito livre, criativo, inovador, autores como Alain Resnais fazem muita, muita falta.
Agora que querem colocar a Cultura sob fogo cerrado.    

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