quarta-feira, 31 de julho de 2013

ALEMANHA, 2013

Pode ser que lá nas terras banhadas pelo Reno, ninguém saiba, ou queira saber, ou sequer se preocupe com gentinha como Passos Coelho, Paulo Portas, Maria Luís Swaps ou Cagarro Sil, perdão, Cavaco Silva.
Mas interessam-se por um génio da literatura portuguesa, criador multifacetado, incomparável e único, incluindo a nível mundial, do qual nos devemos orgulhar, e que transporta o nosso nome e a nossa língua para outras paragens: Fernando Pessoa, como nesta livraria de Colónia
Já agora.... Coelho, Portas, Albuquerque, sr. Silva e um tipo de óculos que usa o pseudónimo de secretário de Estado da Cultura, sabem o que representa Fernando Pessoa?

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!
 Valete, Fratres. 

("Quinto / Nevoeiro", da Parte III - Os Tempos, do poema "Encoberto" de "A Mensagem", Fernando Pessoa)


Sem comentários:

Enviar um comentário