quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

URGÊNCIAS HOSPITALARES : A MORTE SAIU À RUA!


Em pouco mais de duas semanas, registam-se 4 mortes em urgências hospitalares, da rede do Serviço Nacional de Saúde.
Doentes a mais? (quem os mandou adoecer?)
Médicos a menos? (não emigrassem...)
Macas em falta? (roubam-se aos bombeiros!)
Planeamento deficitário? (o que é isso de planeamento?)
Tudo isto, e mais alguma coisa, mas o facto é que a causa é apenas uma:
-A sistemática, calculada e ideologizada destruição do Serviço Nacional de Saúde, com transferência das suas capacidades, e do lucro inerente, para o sector privado, com concomitante restrição do acesso à saúde, tendencialmente gratuito, por parte do universo dos utentes, leia-se, a esmagadora maioria do povo português.
A responsabilidade é política, e tem o rosto do seráfico Paulo Macedo.
Preto no branco.
Todos os cortes orçamentais, toda a redução da assistência prestada pelos SAP, todo o encerramento de serviços de proximidade, toda a contratação de médicos à tarefa, a €30,00 euros à hora, quando um médico efectivo custa €15,84 euros pelo acordo de 2012, toda a perseguição política a médicos e enfermeiros, com trágica repercussão na prestação dos serviços de saúde e na qualidade de vida dos doentes (ou de morte?), tem apenas um fim: destruir o Serviço Nacional de Saúde e privilegiar o capital privado.
Tudo o resto é mera propaganda. 
Para que se veja bem a árvore e não a floresta.
De enganos!


("A Morte Saiu à Rua" - José Afonso)

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