terça-feira, 16 de setembro de 2014

SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE - PATRIMÓNIO DE TODOS

 
Completam-se 35 anos sobre o arranque e a implementação do Serviço Nacional de Saúde.
O que se conquistou, nesse período de tempo, na melhoria das condições de vida dos portugueses não tem preço.
Passar do assistencialismo caritativo de ajudar os "pobrezinhos", para o exercício de um direito de cidadania e de dignidade não foi tarefa fácil.
Mas a dedicação de António Arnaut e da sua equipa, na altura no denominado Ministério dos Assuntos Sociais e, depois, do empenho da imensa maioria dedicada e abnegada de médicos, enfermeiros, outros técnicos e prestadores de serviços de saúde, transformaram radicalmente a paisagem deste país no que à qualidade de vida diz respeito, como o comprovam todas as estatísticas publicadas, bem como os elogios que lhe são feitos, incluindo de instâncias internacionais.
Cumpria-se o previsto constitucionalmente, com um sistema que assegurava o acesso universal, compreensivo e gratuito aos cuidados de saúde.
Por isso, 35 anos decorridos,tresanda a hipocrisia ver Coelho & Macedo a bater no peito, fazendo juras de amor ao Serviço Nacional de Saúde que, desde 2011, com a infame mentira de os portugueses "viverem acima das suas possibilidades", continuamente tentam desmantelá-lo, encarecendo-o, encerrando serviços, desclassificando as competências, degradando procedimentos, governando-o com o fito do lucro, como se de um hotel se tratasse (não é, Dr. Daniel Bessa? Tem camas, lençóis, refeições...), com o fito ideológico de, por fim, o entregar à gestão de privados, os quais dizem que são melhores administradores da saúde do que o Estado.
Devem ser, basta aprenderem com as "competências" privadas que geriram o BPN, o BES, o BPP, e outros "bancos de urgência".
Lutar pela manutenção e pela qualidade do Serviço Nacional de Saúde não é, apenas, uma batalha política.
É uma batalha pela dignidade e pelo direito a uma vida com qualidade.
E não venham com o argumento de que o Estado Social com que a Europa um dia sonhou é coisa do passado.
Em Londres, em 2012, durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, um dos quadros apresentados foi uma enorme homenagem ao serviço nacional de saúde britânico:

 
  

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