quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FREDDIE MERCURY


A 5 de Setembro de 1946, filho de pais de ascendência indiana, nascia em Cidade de Pedra, no Zanzibar, actualmente integrado na Tanzânia, um rapaz a que seria dado o nome de Farrokh Bulsara.
Em 2009 a revista Classic Rock nomeou-o o melhor vocalista de rock and roll de sempre.
Ficou conhecido, para a eternidade, como Freddie Mercury
Aos 8 anos foi enviado para Bombaim, onde fez todo o curso secundário.
Passou a ter aulas de música, tendo-se tornado mestre no piano, estudando, posteriormente guitarra e viola.
Curiosamente, mesmo sendo um virtuoso do piano, sempre detestou teclados eléctricos, por achar o seu som artificial.
Aí, com 12 anos, fundou uma banda ("The Hectics"), que interpretava músicas de Cliff Richard e Little Richard.
Regressado a Zanzibar, e face às convulsões políticas da altura, juntamente com os pais, mudou-se para Londres, com 18 anos, tendo, posteriormente, concluído o curso de designer gráfico no Ealing Art College. Após a obtenção deste curso, empregou-se como atendedor de balcão no aeroporto de Heathrow e como vendedor de roupas no mercado de Kensington, onde conheceu Mary Austin, o grande amor da sua vida, não obstante a sua reconhecida e assumida bissexualidade.
No seu testamento, doou-lhe, e à família,  a sua mansão em Londres (foi padrinho do primeiro filho de Mary) e os direitos de autor da sua discografia.
E dedicou-lhe uma das suas mais belas criações:
Em 1969, funda a banda Ibex, depois denominada Wreckage. No entanto, no ano seguinte, daria o passo decisivo da sua carreira, fundando os Smile, juntamente com Brian May (que em 2007 recebeu o doutoramento em Astrofísica...) e Roger Taylor. Em 1971, o grupo adopta definitivamente o nome Queen, juntando-se-lhes John Deacon.
A fabulosa trajectória deste grupo começa com o seu primeiro de 15 discos em 1973 ("Queen") e termina em 1991 com o fabuloso "Innuendo". Posteriormente, em 1995, seria lançado o album póstumo "Made in Heaven"), que incluiu obras compostas por Mercury em que este, já muito abalado pela doença, apenas gravou a parte vocal, sendo depois completado pelos restantes elementos do grupo.
Freddie Mercury, influenciado pelo gospel e música clássica, com recurso, também, ao funk e ao pop rock, foi o principal responsável pelas composições interpretadas pelo grupo, ao lado de Brian May.
Revolucionou as actuações em palco, durante os mais de setecentos concertos dos Queen em 15 anos.
Muito justamente chamado de "animal de palco", Freddie criou um estilo muito próprio, que ultrapassou todos os outros vocalistas, até então. Se Robert Plant e Mick Jagger, até então eram as referências, o concerto Live Aid, em Wembley, em 1985, e a sua espantosa actuação, transformou Freddie Mercury, segundo os críticos, no maior de todos.
A 8 de Agosto de 1986, contudo, os Queen fariam a sua última aparição em palco, devido ao agravar da doença de Freddie a qual, 5 anos depois, nos roubaria este talento único.
Assinala-se que os Queen foram os primeiros a abrir o mercado de grandes concertos na América do Sul, ficando na história o primeiro Rock In Rio, no ano de 1985, perante 600.000 espectadores.
Freddie também lançou 2 discos a solo ("Mr. Bad Guy", 1985, e "Barcelona", 1988).
Segundo os especialistas, a voz de Freddie, de barítono no dia a dia, elevava-se a tenor quando cantava, atingindo as escalas de soprano. Montserrat Caballé, cantora lírica espanhola, precisamente soprano, disse dele: "...A sua técnica é impressionante. Sem problemas de sincronia, cantava com um grande senso de ritmo, capaz de mudar facilmente de uma escala para outra. A sua pronúncia era subtil, doce e também poderosa. Era capaz de encontrar o tom certo para cada palavra". Conhecimento de causa...
David Bowie, que com ele compôs e gravou "Under pressure" diria: "...dentro de todos os cantores teatrais de rock, ele foi o único a levar tudo a um outro nível (...) era alguém, que podia, literalmente, ter a plateia na mão".
O que sucedeu, e sucederá.
O seu legado continua de pé. E a sua influência. E o agente cultural que foi. Axl Rose, dos Guns N'Roses foi influenciado pela postura de Mercury em palco; Lady GaGa adoptou este nome em homenagem à composição "Radio GaGa", descrevendo Mercury como um génio que se reinventava constantemente; Kurt Cobain, na sua carta de despedida, escreveu que admirava e invejava a felicidade que Freddie sentia ao estar em palco; Robert Plant declarou que Freddie Mercury era o único c cantor que, por detrás da sua lenda, era realmente uma lenda; Paul Mc Cartney referiu-se a ele como "King" Mercury.
E a sociedade britânica, e não só, não o esquece.
Em 1999 a Royal Mail emitiu selos com a sua efígie.
O encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres foi protagonizado pelos outros dos elementos dos Queen (que interpretaram "We Will Rock You" com Jessie J), precedido de imagens, em écrans gigantes, de Freddie Mercury em diálogo musical com a assistência, como gostava de fazer (imagens do grande concerto de Wembley de 1986).
E pela Europa estão, perenes, 3 estátuas de Freddie Mercury: Em Montreux, junto ao Lago Léman, em Edimburgo, junto ao Playhouse Theatre e em Londres, em frente ao Dominion Theatre onde, há mais de 10 anos, é representado o musical "We Will Rock You", exclusivamente com músicas dos Queen, entre as quais se pode ouvir esta obra-prima intemporal, eterna, insubstituível.
Como Freddie Mercury
  
    

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