sexta-feira, 27 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO, SEMPRE

 
Este rosto é o de Malala Yousafzai, cidadã paquistanesa de 16 anos, anteontem agraciada com o Prémio de Cidadania Clinton, por Liderança na Sociedade Civil, atribuído pela Fundação Clinton.
Nasceu na província de Swat, no noroeste do Paquistão, região que entre 2003 e 2009 foi dominada pelos Talibans fundamentalistas que, entre outros "feitos", fecharam todas as escolas particulares e proibiram as mulheres de frequentar o ensino.
Outros, mais moderados, limitam-se a eliminar o inglês...
Filha de professor, Malala sempre se interessou não só pelos problemas da juventude paquistanesa,. como por todos os problemas da sua sociedade e do mundo, nas longas conversas com o progenitor, e cedo se revelou determinada defensora dos direitos das mulheres, designadamente do direito à educação.
Entre 3/01/2009 e 12/03/2009 manteve, na BBC, um blog em dialecto local (urdu), onde difundiu os seus princípios e defendeu os seus ideais.
Os detentores do poder talibã, senhores do pensamento único, não gostaram, e decretaram que esta voz incómoda teria de ser eliminada..
Em Outubro de 2012 foi atingida a tiro, com gravidade, tendo sido ferida na cabeça.
Transportada para o Reino Unido, recuperou completamente no hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, cidade  onde actualmente reside e na qual, a 3 de Setembro deste mês inaugurou a maior biblioteca pública da Europa.
Não obstante ter a sua vida em perigo (a ameaça de morte mantém-se, extensiva ao pai), Malala continua empenhada na sua causa, pelo direito à educação de todas as crianças do mundo, especialmente do sexo feminino.
Foi galardoada com o Prémio Nacional da Juventude do Paquistão em 2011, é Embaixadora de Consciência da Amnistia Internacional e, já este ano, foi-lhe atribuído o Prémio Simone de Beauvoir e, também, nomeada para o Prémio Nobel da Paz.
A 12 de Julho, dia do seu aniversário, discursou na Assembleia da Juventude na ONU (que designou a data como Dia de Malala), referindo, além do mais, que 
"...Vale a pena pegar nos nossos livros e canetas. Eles são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A educação é a única solução."   
Perante a determinação e coragem desta jovem, há adultos que são mesmo muito pequeninos.





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