sexta-feira, 7 de junho de 2013

DESPORTO - ANTÓNIO LIVRAMENTO

Neste dia, em 1999, morria, aos 56 anos, um dos maiores desportistas portugueses de todos os tempos e, sem qualquer dúvida, o melhor jogador mundial de hóquei em patins de sempre.
Falar de António Livramento é, por exemplo, falar de Eusébio ou Maradona, Messi ou Cristiano Ronaldo, no futebol, Gareth Edwards, Dan Carter ou Jonah Lomu, no râguebi, Eddy Merckx no ciclismo, Michael Jordan, Larry Bird ou Kobe Bryant no basquetebol, Bjorn Borg, Pete Sampras ou Roger Federer no ténis.
Ou um traço de Picasso, um risco de Siza Vieira, um acorde de Beethoven, uma pirueta de Nureyev, um plano de Scorcese.
Como jogador, foi 209 vezes internacional pela Selecção Nacional, tendo marcado 425 golos, e sido campeãio europeu por 7 vezes (1961-18 anos-, 1963, 65, 67, 73, 75 e 77) e 3 vezes campeão do mundo (1962, 68 e 74).
Em 1962, frente à Argentina, pegou na bola atrás da baliza portuguesa, fintou os cinco jogadores argentinos (guarda-redes incluído), e marcou um golo único.
Fez uma dupla irrepetível com o também genial Fernando Adrião.  
Ainda como jogador, foi 7 vezes campeão nacional pelo Benfica, tendo também vencido uma Taça de Portugal. Pelo Sporting, ganhou 1 campeonato, uma Taça e uma Taça dos Campeões Europeus (1977).
Além destes clubes, representou também o Hockey de Monza, o Amatori Lodi e o Banco Pinto & Sotto Mayor (secção de hóquei).
Como treinador, o seu palmarés também é impressionante: 2 campeonatos pelo Sporting e uma Taça; uma Taça das Taças europeia em 1981 e uma Taça CERS em 1984.
Pelo FC Porto, 1 campeonato e 1 Taça.
Enquanto seleccionador nacional, conquistou 3 Campeonatos da Europa (1987, 92 e 94) e 2 Mundiais (1982 e 1993).
António Livramento escreveu uma página única e brilhante nos nossos anais desportivos, e partiu demasiado cedo.
Quem teve o privilégio de o ver jogar não se esquece.
Ao hóquei em patins, ao desporto, a todos nós, faz-nos muita falta. 


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