quinta-feira, 2 de julho de 2015

BARBÁRIE EM DIRECTO, AO VIVO E A CORES!

Um gato queimado vivo, perante a alarve boçalidade "popular", numa qualquer aldeia deste país, porque é "tradição".
Um cão enforcado pelo dono, porque sim.
Animais domésticos abandonados na rua porque os donos vão para Punta Cana ou para a Tunísia (oxalá...).
Cães e gatos violentamente maltratados para esconder impotências físicas e/ou mentais ou outra<s disfunções.
Tudo isto se passa agora, aqui, num país onde até já existe legislação que pune quem maltrate animais domésticos ou de companhia.
Mas que, por influências espúrias, excluiu as touradas.
Talvez por isso, pressurosa, hoje, a RTP, serviço público de televisão, vai transmitir em directo a sua 51ª. (!) corrida.
Num horário em que as crianças podem assistir, numa altura em que a ONU e outras organizações defendem que as mesmas não devem assistir a espectáculos desta violência.
E num ano em que a tauromaquia deixou de ser património cultural da França.
França que, na sua legislação, reconhece a sensibilidade e a consciência dos animais.
Aqui não, qual quê!
Em nome da "tradição" (qual?), da "cultura" (como???), do gosto "popular" (o mesmo dos Big Brothers...), uma estação que pertence a todos nós, exibe, orgulhosamente, um espectáculo bárbaro de tortura de seres vivos, para gáudio de brutamontes inúteis, acéfalos e cobardes.
E, trazendo essas imagens até nossas casas, não se admirem dos tais cães e gatos torturados.
Alguns dirão que "quem não goste, mude de canal".
Tapa-se a árvore para não ver a floresta.
A questão é civilizacional, é de mentalidade, é de verdadeira cultura.
Neste país, tal como já sucede em muitos outros, desde a Espanha e França à América Latina é imperioso, urgentemente, banir para sempre as touradas e tudo o que representam.
A "Festa Brava" é, definitivamente, um resquício de tempos negros, lastro do passado.
E se querem "Tourada", fiquem-se com esta, que é muito superior.
A música é do Fernando Tordo, o poema (genial!) é de José Carlos Ary dos Santos.
 
 
 

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