terça-feira, 22 de julho de 2014

HEMINGWAY - ESCRITA COM SANGUE

Nasceu a 21 de Julho de 1899. Suicidou-se a 2 de Julho de 1961.
Foi jornalista, correspondente de guerra, romancista e, entre outras coisas, beberrão, caçador, amante de touradas. Ninguém é perfeito, e Hemingway menos que muitos.
Personagem multifacetada, um talento inesgotável, um enorme contador de histórias, escrevia como respirava ou sangrava, e Prémio Nobel de Literatura de 1954.
Combateu e foi ferido na I Guerra Mundial. Foi correspondente de guerra durante a Guerra Civil de Espanha, apoiando decididamente a legitimidade Republicana, o que lhe deu o tema para um dos seus grandes livros, "Por Quem os Sinos Dobram". Durante a II Guerra Mundial, também trabalhou para os jornais, tendo desembarcado na Normandia e sido dos primeiros jornalistas a entrar em Paris libertada, muito embora, reza a lenda, a sua prioridade fosse a "libertação" da grande garrafeira do Hotel Ritz.
Paris, aliás, é uma das suas grandes inspirações, pertencente como foi à chamada "Geração Perdida", que incluía, entre outros, Ezra Pround, Gertrude Stein ou Scott Fitzgerald que, nos início dos anos 20 demandaram a Cidade Luz e se inspiraram nas grandes avenidas, nos pequenos bairros, nos cafés e bares, na dança coleante de Josephine Baker, nos traços de Dali ou Picasso, na música de Sidney Bechet, e que ele tão bem imortalizou no seu volume de crónicas "Paris É Uma Festa", verdadeira obra-prima, e que o génio de Woody Allen transmitiu num dos seus mais belos filmes: "Meia-Noite em Paris".
("Meia-Noite em Paris" - Corey Still "Hemingway", dialoga com Owen Wilson "Gil")

O amor por Paris não é, não foi, a única paixão deste americano truculento, polémico, mas para lá de amores e desamores, do apelo de Cuba, que o envolveu, amabva acima de tudo a vida e o que ela lhe podia dar, tanto para a vivência física como para a intelectual.
Quando reconheceu que a qualidade já era pouco, decidiu que já nada podia dar à vida.
Para além de "Por Quem os Sinos Dobram" ou "Paris É Uma Festa", leiam-se "O Adeus às Armas", reflexão após a I Guerra Mundial, "O Velho e o Mar", parábola sobre a dimensão humana e a luta contra todos os desafios, ou o "Jardim do Éden".
E, como sempre, voltamos a Paris...

("Meia-Noite em Paris" - Sidney Bechet com "Si Tu Vois Ma Mère")
 

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