quinta-feira, 7 de março de 2013

...SE VÃO DA LEI DA MORTE LIBERTANDO

E a cultura, essa "coisa" que nada vale para os camelos lourenços de serviço, perdeu dois grandes vultos nos últimos dias: 
EDUARDO NERY (1938/2013), artista plástico, fundamental para a compreensão da  estética contemporânea, e cujas obras podemos admirar todos os dias, às vezes sem darmos por isso, Para além das obras patentes do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, veja-se a estação do Metro do Campo Grande (azulejos, pavimentos, grades metálicas, organização cromática exterior), a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa no Monte da Caparica (pintura mural), a agência da CGD na Avenida da República, Lisboa (tapeçarias) e, também, o edifío-sede da CGD (mosaicos na entrada Sul), e quatro óculos na cúpula (vitrais).
A ver, e a rever.
Ficheiro:Eduardo Nery, Espaço Ilusório, 1969-70, tapeçaria, 176 x 292 cm.jpg



STÉPHANE HESSEL (1917/2013)
Resistente na 2ª guerra mundial contra os nazis, diplomata, embaixador, Hessel foi um dos responsáveis pela redacção da Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948).
No entanto, e mais perto de nós, Hessel salta para a ribalta quando, em 2010, publica o opúsculo "Indignez-vous!" ("Indignai-vos!"), em que critica acerbamente o cada vez maior fosso que se vai cavando entre ricos e pobres, e as políticas ultra-liberais e monetaristas que prevalecem na Europa, proclamando o direito dos povos à indignação. A sua obra inspirou, entre outros,  os movimentos Los Indignados (Espanha) e Occupy Wall Street (EUA).
Um nobre exemplo.
Stéphane Hessel, indignado.



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