A proposta que previa a reposição das chamadas "subvenções vitalícias" a ex-titulares de cargos públicos, eliminadas em 2005, foi hoje retirada de discussão e votação na Assembleia da República.
Mas o mal, e a suspeita, ficaram, com os danos que se adivinham.
Os partidos do dito "centrão" (PS e PSD), na véspera, tinham-se entendido para repor tais prebendas que a esmagadora maioria dos beneficiários não merece, nem necessita, e isto numa altura em que o povo português sofre uma das maiores crises da sua história, e em que a carga fiscal, o desemprego, a emigração, a queda na pobreza são insuportáveis.
A ideia que passa para a opinião pública é a de que são todos iguais, e que apenas pretendem "amanhar-se", estando-se marimbando para o país.
Uma proposta imoral, sem qualquer "ética republicana", expressão que no PS se usa muito alegremente.
Se PS e PSD são as faces da mesma moeda, caberá perguntar:
O que fez correr António Costa?
Para ficar tudo igual?
Ou...será que, bem lá no fundo, não deseja a maioria absoluta, mas sim um "consenso" com um PSD expurgado de Passos Coelho?
E porque é que tudo isto não nos deixa muito surpreendidos?
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