Barack Obama, 17 de Dezembro de 2014: "...Não faz sentido continuar a fazer a mesma coisa durante cinco décadas e esperar um resultado diferente".
Esta frase do presidente dos Estados Unidos, que enfrenta uma grave crise de cidadania no seu país (Movimento "We Can't Breathe" - "Não Podemos Respirar"), é a mais estrondosa confissão de derrota da super-potência ao fim de 50 anos de um estúpido e ineficaz bloqueio económico a Cuba.
Ninguém, decerto, pensa que, com este gesto, o regime da ilha das Caraíbas se altere substantivamente.
Afinal, os EUA também têm relações privilegiadas com nações que não são propriamente modelos de direitos humanos, como a Arábia Saudita ou mesmo a China.
O gesto de Obama e Raul Castro vai, para já, permitir uma maior abertura a nível de transacções financeiras, turismo, saúde, educação e investigação.
O levantamento, formal, do ridículo bloqueio depende, ainda, da autorização do Congresso que, como se sabe, é dominado por fanáticos Republicanos, com a cabeça ainda enterrada nos dogmas da guerra fria.
Mas o caminho agora aberto, com a discreta acção da diplomacia canadiana e do sempre surpreendente Papa Francisco, já não pode ser fechado.
O Mundo respira mais aliviado.
E em breve, espera-se, respirará fundo.
Hasta la victoria, siempre!
("Hasta siempre Comandante Che Guevara" - Joan Baez, cantautora norte-americana)
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