Sobre a TAP escreve-se muito.
E às vezes passa-se por cima de evidências.
E quer-se tapar o Sol com uma peneira.
Mas importa ter a cabeça fria.
Para além das razões dos trabalhadores, dos problemas operacionais da empresa, de atitudes da gestão mais que discutíveis, ressaltam o histerismo e a confusão que grassam no (Des)Governo.
A privatização da TAP é praticamente imposta, sem se curar de saber das vantagens ou prejuízos que tal poderá acarretar.
Pretende impôr-se uma requisição civil com argumentos tais que bem poderiam aplicar-se a uma empresa que ninguém, de são juízo, pretenderia alguma vez privatizar...
E, muito mais grave que isto tudo, a confusão é tal que a pretendida requisição é...ilegal!
Com efeito, se os rapazolas lá da São Caetano à Lapa se dessem ao trabalho de estudar antes de abrir a boca, saberiam que a requisição só pode ser decretada após o início da greve, e desde que os serviços mínimos não fossem assegurados.
Serviços mínimos que, decerto por distracção, ainda não foram fixados, sequer equacionados.
Bastaria folhear o Código do Trabalho e acórdãos do Supremo Tribunal Administrativo.
O que se quer, no fundo, é condicionar psicologicamente, e chantagear, os trabalhadores, utentes da TAP e população em geral.
E fora da lei.
Um precedente perigoso, praticado por gente perigosa.
Com "comandantes" destes, não há avião que levante voo.
Muito menos o país...
("Come Fly With Me"-Frank Sinatra, este sim um leader!)
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