No dia 10 de Dezembro de 1948 foi assinada a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Tal dia passou a ser o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
E neste dia, em Oslo, o Prémio Nobel da Paz é entregue ao indiano Kailash Satyarthi e à paquistanesa Malala Tousafzai.
Malala que foi premiada pelos seus esforços, com risco da própria vida, para que todas as mulheres tivessem direitos iguais aos dos homens, designadamente na educação, na formação profissional, no fundo, na igualdade plena, na dignidade plena.
Dignidade...
E como, neste nosso país, hoje, podemos falar de Direitos Humanos quando, vergonhosamente, assistimos muitas vezes impávidos, às vezes, por incrível que isto possa soar, cúmplices, à morte mensal de 4 mulheres por mês.
4 MULHERES MORREM POR MÊS, EM PORTUGAL, VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA!
A crise acabou?
Estamos melhor que há 4 anos?
Há menos desigualdades?
O mexilhão não se lixou?
Não me lixem nem falem de Direitos Humanos enquanto este flagelo não for erradicado.
4 VEZES, POR MÊS, EM QUE A NOSSA DIGNIDADE, SEJAMOS MULHERES OU HOMENS É FERIDA DE MORTE.
Basta!
("Calçada de Carriche" - música de José Niza, voz de Carlos Mendes, poema de António Gedeão)
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